O riso é o remo
Akins Kinté
Estamos nos extremos, no asfalto brota um girassol
Agradecemos o supremo mais um pôr do sol
Estamos nos extremos, o riso lento lembra caracóis
O riso é um remo, o rumo é dentro cada vez mais dentro de nós
É a República de Benim, quando enegrece o céu azul
A moça preta sorri, filha de Nanã nos olhos inteira Savalu
Eu com a caça me exibo, eu e outros pretos de Ifé
Somos vários da tribo, do panteão de Odé
Tem
A cor da noite
São vários clãs
Herança de bantus
Yorubá
É
O riso é remo
E vou Lutar pelo
Direito de dançar
Estamos nos extremos e o cachorro range
Ogum da falange, ele sente, ele sente antes
Não sente quem vem de longe
Só gente da gente
Estamos nos extremos é nos extremos que se constrange
Quem traz na pele a cor da noite
Ficha Técnica
Música: Dani Turcheto
Letra e Voz: Akins Kintê
Programação: Pipo Pegoraro e Dani Turcheto
Percussão : Ricardo Braga
Sintetizadores: Pipo Pegoraro
Cavaco e canto: Dani Turcheto
Coro : Helô Ribeiro, Mairah Rocha, Flávia Maia
Akins Kintê é poeta e documentarista, publicou as obras: Punga (2007), InCorPoros Nuances de Libido (2011), Muzimba na Humildade sem Maldade (2020), dirigiu os filmes: Vaguei os livros me sujei com a m… toda (2007), Várzea a Bola Rolada na Beira do Coração (2010), Zeca Poeta da Casa Verde (2012), Gira Bandeira- Guardiões do Carnaval (2023). Trabalha com arte-educação nas escolas, fundações-casa e periferias do Brasil.